sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Gurizada medonha

Depois das 24 horas de terror, indignação e nojo proporcionados pelo STJD, podemos voltar a falar de futebol.
A gurizada estava lá. Mais uma fornada da impressionante fábrica de craques que se tornou o Olímpico. Mas porque o time teve que passar por uma longa crise depressiva até abrir a caixa onde estavam as novas e reluzentes ferramentas?
Primeiro porque os meninos são observados por dois departamentos: o de futebol e a tesouraria. Assim, escancarar para o mundo a existência de tais preciosidades antes do fechamento da “janela européia” e da assinatura de contratos longos poderia ser uma tragédia dupla. Não se usufruiria do futebol dos garotos nem dos euros que eles inexoravelmente representam.
Depois, porque Celso Roth é teimoso, conservador e limitado. Na verdade a meninada só saiu da sombra porque o treinador levou uma prensa da diretoria e porque acumularam-se lesões e suspensões que varreram meio time. Mas havia mais um time guardado. E que time!
O que se viu no jogo contra o Santos foi uma amostra do que pode ser. Claro que o jogo foi uma correria de adolescentes afoitos e dispersivos. Não se poderia esperar mais, são meninos. Mas são muito bons de bola. O retorno dos “adultos” vai equilibrar o time. A produtividade vai aumentar com a chegada Douglas Costa, Mattioni e Helder. Rafael Carioca e Wilian Magrão devem continuar fazendo o que já estão fazendo muito bem. Quem sai para entrar Douglas? Um zagueiro.
E lá na frente o gigante de ébano, Morales, vai atazanar as defesas adversárias e abrir caminho para o tri.
Dá para chegar. Não vai ser fácil. Temos Palmeiras, Cruzeiro e Vitória fora de casa. E ainda a implicância declarada do STJD, que talvez seja o nosso maior adversário na reta final.

Nenhum comentário: