quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Um novo tempo?
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O Efeito Portaluppi

sexta-feira, 21 de maio de 2010
Os nossos limites

Mas nosso técnico não enxerga. É tecnicamente míope e constituiu um time com pouco repertório, com poucas jogadas, sem criatividade, sem apuro tático. É fraco o técnico. Não entendeu o que acontecia em campo e com suas intervenções no time só fez piorar as coisas. Tirou um volante preciso e colocou um atacante duvidoso. Atrapalhou-se mais ainda nas outras substituições.
O Grêmio que venceu o Gauchão e que chegou a ameaçar o jovial e reluzente time da Vila Belmiro é uma ilusão. Foi sustentado pela raça, que diga-se de passagem andava ausente. Mas a superação motivacional não é suficiente, como não foi quarta-feira. Queremos o Grêmio raçudo, de alma castelhana, mas queremos futebol também: tática apropriada, desenvoltura técnica, inteligência. Só um bom técnico pode misturar estes ingredientes, mas infelizmente, não é o caso do nosso.
Para dar um exemplo, pergunto qual a noção de contra-ataque do Grêmio? O que vi foi uma correria puxada geralmente pelos laterais que atabalhoadamente atiravam a bola para o meio, quadrada, de bandeja para o desarme. Não é só falta de talento, é falta de orientação, de previsão tática, de esquema de jogo. Não é só porque os guris do Santos são habilidosos que se tornaram fatais nos contra-ataques. É porque as jogadas têm sentido, sempre há alguém posicionado, gerando alternativas. Contra-ataque não é um acaso, é uma jogada prevista, uma alternativa estratégica. Mas só bons técnicos sabem disto.
O Brasileirão é um campeonato difícil, um rallye de regularidade. Não se ganha na raça e se faz por definição um habitat hostil para o tricolor. Para vencê-lo é preciso um plantel bem estruturado – não estamos longe disto – e sobretudo padrão de jogo, repertório tático variado, fluência de fogo. Com ajustes ao que temos se chega a um plantel suficiente, pois não há nada muito superior no país. Mas sem um bom técnico para comandá-lo vai ficar difícil. Silas pode não fazer feio, mas fazer bonito é muito mais.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Orgulho e preocupação
O time peleador, digno de ser chamado de uruguaio por alguns, mostrou que todos neste elenco, eu disse TODOS, tem condições de mostrar que merecem vestir a camisa Tricolor. Em se tratando de raça e de força de vontade não tenho dúvidas quanto a isso.
Porém a virada esconde alguns problemas que são típicos do futebol e não são exclusivos do Grêmio, entretanto preocupam para a partida de volta. O posicionamento do setor defensivo é falho. O primeiro gol dos santistas mostrou, que por mais que se fale em marcar o jogador e não a bola, os atletas insistem em fazer o contrário. Felizmente isto é plenamente corrigível. E que assim seja para a partida da Vila Belmiro.
Mas o que mais me deixa de cabelos em pé são os erros de passe. E quantos erros. Adilson é quem mais se destaca negativamente neste fundamento. Exímio marcador, peca demais quando entrega a bola. Outro que insiste em se atrabalhar com a redonda é Hugo. Não me refiro a passes longos. Erram passes de 1 metro. E dão ao adversário a possibilidade de contra-atacar. Diante de uma equipe veloz como o Santos, erros assim podem ser fatais.
Para a partida da próxima semana não crio qualquer ilusão. A tarefa do Tricolor é por demais espinhosa. Mas como já vi esse time fazer tanta coisa só me resta acreditar. Se, tecnicamente, as coisas não saem do jeito que imaginamos, pelo menos a raça, marca registrada dessa equipe, parece estar de volta. Felizmente podemos sim sair orgulhosos por ai, com o peito estufado e dizer: Eu sou do Grêmio senhor!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Feliz com o Gauchão e pensando mais longe.

As vezes jogar com o regulamento sob o braço é a única alternativa. Ontem, na final do Gauchão, não era o caso. Não quero ofuscar a beleza do título nem a alegria de deixar o co-irmão acachapado mais uma vez. É pelo campeonato regional que se começa um ano gordo, de grandes conquistas. Mas o Grêmio poderia ter jogado mais, feito escore, colorido ainda mais a festa da superioridade indiscutível.
O que me preocupa neste nosso time é que não vejo nele a “alma castelhana”, o DNA raçudo que marca a história do Imortal. No derradeiro jogo do campeonato vi um time administrativo, quase burocrático. Nenhuma grande dividida, nenhuma grande vitória pessoal obtida no suor. É tudo muito certinho, bonitinho, limpinho. Cadê o suor, a raça, a obstinação, o “não tem bola perdida”?
Temos um plantel respeitável. Jogadores de muita técnica e bom toque de bola. Se a esse talento agregarmos raça e uma injeção da tradição tricolor, aí sim teremos um baita time. Jogar com o regulamento é para quando não há outra alternativa, aí a gente se segura no sangue, na superação. Mas ontem sobrava técnica para amassar o co-irmão. Então creio que o “regulamento” não foi uma opção, mas uma contingência para suprir uma carência tática.
Não vi no time um repertório de jogadas, um plano estratégico que potencialize os talentos que temos. Fica tudo muito voluntarioso, dependente da estrela de um ou outro. Em outras palavras, falta uma personalidade técnica, um padrão de jogo, um conceito de time. Ou melhor, um conceito mais estruturado.
Silas disse após a conquista que fez um vôo sem escalas de um time pequeno para um muito grande. Concordo com ele. Autocriticamente ele admite que não tem ainda estatura para treinar um clube como o Grêmio. Falta-lhe experiência, ambição e conhecimento. Por isso opta por uma relação estreita com os jogadores, fazendo do plantel uma confraria de boleiros bem remunerados. Até quando isso vai dar certo dentro de campo?
Não quero jogar pedra no Silas, nem ser pessimista. Mas para ir mais longe precisamos de um treinador mais competitivo, com alma castelhana. Claro que Felipão é o sonho impossível, mas algum Mano Menezes já me deixaria bem feliz.
domingo, 25 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Eu vi na Ressacada...
- Que o Grêmio tem um bom plantel, mas lhe falta um treinador com envergadura proporcional ao seu tamanho. Silas não sabe lidar com um time grande, não estrutura o time, não dá padrão de jogo, não tem jogadas bem treinadas. Precisaminhos com urgência de um técnico da estatura do Grêmio.
- Que Mário Fernandes é um baita zagueiro. Ainda é meio cheio de bossa, mas na hora “h” faz a diferença.
- Que o meio campo precisa ser repensado com urgência. Com Leandro e Dougla fica muito alegrinho e pouco fechado. Como Ferdinando não é um camisa cinco de total confiança (só do Silas), a coisa fica a perigo.
- Que precisamos olhar com atenção para o quesito preparo físico. Parece que o time não corre. Muito estranho.
- Que Edilson é sofrível. Deu até saudade do Patrício.
- Que a presepada do Avaí com Silas é puro provincianismo e recalque. Coisa de time pequeno que quer se vitimizar. Silas é profissional e ponto.
- Que todos temos que nos preocupar com as decisões que se avizinham. Com este futebol vai ser difícil.
- Que a Carol Wanzuita, nossa mosqueteira, continua linda e maravilhosa.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Finalmente temos um plantel

Fiquei olhando de canto de olho este início de ano. Custei a formar uma opinião sobre o que estava acontecendo na Azenha. Hoje constato que a direção tricolor montou de forma competente o planejamento do futebol para este ano. Deixou de lado as contratações “de balaio” para se concentrar e poucos e bons nomes. No papel a mistura de veteranos com a gurizada medonha forma um dos melhores plantéis do clube nos últimos anos, certamente um conjunto capaz de chegar bem na Copa do Brasil e fazer bonito no Brasileirão. O Gauchão? Este parece que é só uma questão de dias e a gente ergue a taça.
É falso o dilema criado pela imprensa sobre a dificuldade de Silas de escalar um time com tanta gente boa para as mesmas posições. Isto pode até acontecer no pequeno Gauchão, mas na perspectiva do Brasileirão, há que se ter um plantel de primeira, peças de reposição de sobra. Um campeonato longo se decide pela qualidade do banco, na capacidade de suprir as lacunas causadas por lesões e suspensões. Assim como está, está bom.
A meninada que vem tinindo das categorias de base (que safra!!!) vai ter que disputar com gente grande, mostrar seu valor na marra. Isto é bom para eles, para o Grêmio e para o futebol, de uma maneira geral. Mário Fernandes, Mithiuê, Adilson, Bergson e Maylson são a cara desta nova geração. E nem falo do Willian Magrão, que já está crescidinho.
Já comentaram neste blog, logo aí embaixo, que a eventual saída do espetacular Victor tem proporção de tragédia. Lamento que ele venha a sair, mas acho impossível segurá-lo. O cara tem 27 anos e depois da copa terá a sua grande oportunidade de ganhar dinheiro na Europa. Não há como segurá-lo. Nos resta lamentar e acreditar que temos uma boa escola de goleiros no Olímpico. Tem o Busato, o Matheus e esta Caio, que fechou o gol do Esportivo de Bento, que pertence ao Grêmio. Perder o Victor vai ser triste, mas não uma tragédia.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Armaggedon
Seria uma perda muito difícil de reparar. Só uma diretoria ruim como a do Grêmio que não sabe: Não se ganha dinheiro com goleiro. Victor é patrimônio do Grêmio.
quinta-feira, 4 de março de 2010
E os testes continuam
Chegamos ao mês de março com um esboço da equipe, mas com a chegada de atletas como Edilson, Rodrigo e Ozéia, o setor defensivo deve ser reformulado e testado até que se encontre uma configuração ideal para o setor. O problema está no tempo que será necessário para que este ideal seja alcançado.
Na meia cancha ainda não acertamos a marcação. Adilson e William Magrão estão retornando de lesão. Ferdinando é incansável, mas erra muitos passes, e o jovem Fernando começa agora a mostrar seu futebol. Mais adiantados, próximos ao ataque temos Hugo, que nem de longe lembra aquele da última passagem pelo Tricolor; Douglas, com bons passes mas sem empolgar; Maylson, um bom reserva e Mithyuê. Este último tem credencial de craque, mas ainda não recebeu a oportunidade de ter uma sequência de jogos. A única explicação que tenho é a cautela de Silas em lançar de vez o jogador. Mesmo que seja este o motivo, discordo do treinador. Os melhores precisam jogar, independente da idade e o acompanhamento psicológico precisa ser constante.
No ataque, Jonas tem dado conta do recado. De contrato renovado até final de 2011, o jogador se movimenta bem e se posiciona melhor ainda. Peca apenas na hora da conclusão. Os gols tem saído sim, mas acaba perdendo outros tantos, em lances cara-a-cara com a meta adversária. Já William, que fez sua primeira partida completa ontem contra o Avenida, mostrou que tem muita garra e determinação, porém teve que sair a todo instante da área para buscar a bola. Resultado: fez muitas faltas e não recebeu uma única bola limpa, redonda, em condições de finalizar a gol.
Sem ter ainda a formatação definida da equipe do Grêmio, Silas segue testando. E o futebol do time segue testando a paciência do torcedor. E este, por sua vez, continua sempre acreditando que as taças virão. O espírito é este mesmo.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Na mosca! Mas nem tanto...
Mas infelizmente a chegada de Douglas foi ofuscada pela notícia da venda de Réver, o melhor zagueiro em atividade no país atualmente, para o Wolfsburg da Alemanha por míseros 5 milhões de euros. Fruto de um contrato mal feito onde há uma cláusula que obriga o atleta a ser vendido por esta quantia, desde que paga a vista. Embora o negócio ainda não esteja 100% confirmado, tudo leva a crer que Réver é mais um a deixar o Grêmio por uma quantia irrisória. Para piorar, apenas 55% deste valor (pouco mais de 7 milhões de reais) vem para os cofres gremistas. Uma pena.
Resta ao clube fazer uma reposição a altura, e depressa. A torcida aguarda também o lateral-direito e, quem sabe, mais um ou outro atleta para completar o elenco para este primeiro semestre. Com o Gauchão e a Copa do Brasil como "obrigação", o Grêmio inicia 2010 melhor que 2009. Ao menos no papel. Vejamos os comandados de Silas na ativa, entrosados, trazendo taças para o Olímpico. Só assim a diretoria terá acertado realmente.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Bem-vindo

O início de um ano, uma nova fase, um novo técnico. Todos esses fatores podem ter trazido ânimo ao Imortal Tricolor que tem se saído bem no Gaúchão. O fato é que o retorno de Jonas ao time tem feito diferença. Desde o jogo com o Corinthias, na segunda fase do Brasileirão, o goleador fez falta. Quem sabe não foi sua ausência o motivo que nos deixou fora da Libertadores? Áquela altura do campeonato, Jonas era artilheiro. Agora, com dois jogos ganhos no Gaúchão, mais que fazer a diferença, Jonas tem feito gols. Então, que seja bem-vindo.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Podemos sonhar em 2010?

2009, para a nação tricolor, é daqueles anos que é melhor esquecer. Opções erradas da direção nos levaram ao limbo, e ali minguamos melancolicamente. Sobrou pouco dos conceitos de técnico intelectualizado, mas pouca gente importante deixou o elenco. Tcheco já tinha passado do ponto, Léo tem reposição (é bom o Mário Fernandes), Herrera e Perea dispensam comentários. Maxi Lopes sim, vai fazer falta.
As reposições de elenco, especialmente com Borges e Hugo são boas. Ferdinando, Wilian, Henrique são figuras para a gente ver no que vai dar. Nos que ficaram tem Souza, Wilian Magrão, Mailson, Réver e tantos outros que compõem a base com que Silas vai trabalhar. E tem a expectativa com a gurizada medonha: Douglas, Mitiuê, etc...
Silas, aliás, é a grande incógnita deste início de temporada. Se ele deixou os corações avaianos partidos, não chegou a empolgar os tricolores. Vai ser sua primeira experiência time de tradição como o Grêmio. Pode dar certo, porque já deu com Tite, Mano e até com Felipão. Vamos ter que esperar para ver. Se ele não abdicar da “alma castelhana” como fez o Autuori, já estará bem melhor.
Em resumo, acho que entramos 2010 melhor do que no ano passado. O plantel está mais maduro e cheio de promessas interessantes. Dá para sonhar com pelo menos o Gauchão e a Copa do Brasil? Claro que sim! Mas agora precisamos ver o time em campo, ver de que Silas é capaz.