domingo, 7 de dezembro de 2008

Carta para o Professor Celso

Professor Celso:

Muito obrigado por ter nos dado o vice-campeonato e nos levado para Libertadores. Acho que nem o senhor pensava que a gente fosse tão longe, né? Depois de todos daqueles problemas no Gauchão e Copa do Brasil ninguém esperava muito, mas aí estamos. Quase chegamos lá. E, vamos ser justos, o senhor não tinha um grande elenco a sua disposição.

Professor, o senhor não pode deixar passar esta oportunidade para pensar na sua carreira e na sua independência financeira. Quem sabe o senhor aproveita o bom momento e vai treinar um time fora do país? Tá certo que na Europa não vai ser fácil, que lá eles só contratam gente que ganha títulos, o que não é bem o seu caso. Mas o mundo é grande. Lá no Iraque, por exemplo, tá chovendo dinheiro com este papo dos americanos de reconstruir o país. Na Rússia, sempre tem vaga para um brasileiro. Não perca tempo. E fale alto, faça exigências. Leve seus homens de confiança. Imagine que timão o senhor pode formar lá com o Marcel, o Perea e o Paulo Sérgio!

Não se deixe levar pela conversa dos diretores do Grêmio que vão insistir em renovar contrato com o senhor. Principalmente agora, que o senhor tem aqueles problemas com a Polícia Federal e a Receita. Ficar lá longe é mais seguro, né?

Aproveite o seu momento. Lá fora ninguém vai chamar o senhor de burro, como os caras da Geral do Grêmio e, se chamarem, o senhor não vai entender mesmo, que é em outro idioma. Lá ninguém tem essa mania permanente de vencer, como nós gremistas. O senhor só pode se dar bem.

Feliz Natal pro senhor e pra sua família. De preferência, bem longe do Olímpico.

Um abraço tricolor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Gastão:
Faço das suas, as minhas palavras. Chego a tremer em cima das pernas quando leio notícias sobre as intenções da diretoria do meu Imortal Tricolosso em renovar com esta cria originada lá pelas pragas (pragas mesmo) do tal beira-rio (pobre rio Guaíba, não merecia).
Gostaria que os nobres colegas comentassem a respeito dos coleguinhas de imprensa de São Paulo e Rio, como aquele energúmeno, parceiro do Galvão Bueno, o Cleber Machado que chegou a amenizar o fato de termos perdido o campeonato com gol roubado, já que para o São Paulo bastava o empate. O Bundão esqueceu de dizer que, se o gol indevido fosse dado ao Goiás, o campeão teria sido o Grêmio. Aliás, chega a dar nojo os comentários dos "profissionais" da imprensa do eixo Rio-São Paulo, nos jogos do Grêmio contra paulistas, principalmente.
E tenho dito.

Carlão
Jornalista e Gremista