terça-feira, 18 de agosto de 2009

Didi e Dedé

Todo ser humano comete erros. Certas vezes é a teimosia que fomenta equivocos. No caso do futebol, mais precisamente na administração de um clube, além da teimosia há também o problema da ignorância, fruto da inexperiência muitas vezes. A dupla Kroeff e Meira sempre deixa bem claro em suas entrevistas que qualquer contratação sempre é pensada dentro da realidade financeira do clube. Isto é salutar, correto e deveria ser regra em todos times do mundo. Alguns "tiros certos" acabam saindo pela culatra, como a contratação de Alex Mineiro por exemplo. Outras apostas dão certo, como Victor e Réver (aliás o primeiro merece uma estátua no Olímpico).

Mas o que dizer das trapalhadas? Já se tornou hábito na minha vida, ao ler uma notícia sobre a contratação de um determinado atleta pelo Grêmio, ficar com o pé atrás e comentar com os amigos mais próximos: "só acredito quando for apresentado e vestir a camisa Tricolor". Pois bem, nem assim é possível acreditar mais.

O Grêmio anunciou alguns dias atrás a contratação do meia canhoto Renato Cajá, ex-Juventude e que andava pelo Oriente Médio. Segundo algumas pessoas ligadas ao futebol, embora seja um jogador desconhecido do grande público, detém muito boa qualidade técnica, sobretudo em uma posição onde é cada vez mais raro encontrar atletas que façam a diferença.

Para a diretoria do Grêmio e o departamento jurídico estava tudo certo. Uma dívida do time árabe com a Ponte Preta (antigo clube de Renato) não iria prejudicar o negócio. Mas prejudicou. Uma trapalhada que, segundo os advogados do Grêmio, ainda pode ser resolvida, embora o atleta já tenha aparecido no Boletim Diário da CBF como atleta do clube de Campinas, e com contrato até dezembro de 2010. Mas Renato já foi apresentado para a imprensa e para torcida como jogador do Grêmio, e treina na Azenha inclusive. Lamentável.

Acontecimentos como este demonstram um amadorismo que deixa o torcedor desconfiado. A competência administrativa nos tempos atuais é tão ou mais importante que a competência tática e técnica.

domingo, 16 de agosto de 2009

Sentimentos contraditórios

No futebol moderno um técnico pode ganhar jogo. Paulo Autuori ganhou praticamente sozinho do Flamengo. Sozinho não, teve o auxílio luxuoso do goleiro Victor; mas a forma como armou um time coalhado de reservas, desfigurado até, foi decisiva para o placar tranqüilo que se obteve.
Depois de um primeiro tempo sofrível, a evidente intervenção do treinador realocou o time em campo. Reorganizou o meio campo, reconstituiu as laterais e deu outra perspectiva tanto defensiva quanto ofensiva.
Certamente fazer isso com um elenco mediano não é fácil, tem que conhecer futebol profundamente.
Termino o domingo agradecendo por ter no meu Grêmio Autuori e Victor. Mas alimento neste final de tarde um sentimento contraditório com relação ao técnico: esse seu jeito de jogar não me parece o Grêmio, parece que é leve demais, com pouca pegada. Fico dividido. Talvez seja mal agradecido... Sei lá.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tá feia a coisa!

Dizem que camisa ganha jogo. No caso do Grêmio, é a camisa adversária que faz jogar. Contra clubes grandes o Tricolor se mostra aguerrido, voluntarioso, brigador. Já diante de outros, de menos expressão no futebol nacional, a equipe se mostra apática, como ontem quando perdeu para o Barueri e fechou o primeiro turno do campeonato sem qualquer vitória fora de casa.

Não dormi durante a partida porque o amendoim e a cerveja não deixaram. Sobrou chutão pra cima (mais uma vez) e faltaram finalizações. Espero não ler ou ouvir que o Tcheco ainda serve para o Grêmio. Com um futebol ridículo, há meses vem deixando a desejar. Ontem, aos 47 minutos do segundo tempo, por causa de um puxão na camisa do adversário, levou o terceiro amarelo. O inteligente capitão não joga contra o Flamengo. Não joga também Souza, pelo mesmo motivo de suspensão.

Sem laterais, sem um bom atacante para fazer dupla com Maxi e sem um bom meia a Sulamericana é bem mais real que a Libertadores no calendário do clube em 2010.