quarta-feira, 29 de abril de 2009

Só para registrar

O primeiro gol do Souza contra o Boiacá Chicó foi mais bonito e mais difícil que o do gordo do Corinthians.
Registre-se.
Tenho dito.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A Tricolor

Confesso que a última atuação de Maxi López me surpreendeu positivamente. Nunca duvidei das capacidades do argentino, apenas considerava um risco um investimento tão alto. Hoje pode ser o jogo de sua confimação. Vão ficar faltando ainda os gols de Alex Mineiro e Herrera. Só assim a torcida ficaria plenamente confiante no setor de ataque do time da Azenha.

O interino Marcelo Rospide vai para sua terceira partida. Invícto, deverá ser o técnico até a chegada de Paulo Autuori no final do mês de maio, quando o Campeonato Brasileiro já tiver começado e a Libertadores estiver na fase de mata-mata, mais precisamente nas quartas-de-final. Rospide não é bobo. Sabe o que quer e tem o grupo ao seu lado. Ao assistir recetemente uma entrevista dele ao canal TVcom, pude confimar aquilo que já acreditava: ele pode SIM ser o técnico até a chegada de Autuori.

Rospide não é auxiliar técnico, é treinador. Tem a experiência de já ter trabalhado com profissionais como Tite e Mano Menezes, por exemplo. Falta apenas mais tempo de cancha para que possa mostrar seu trabalho. Acredito na vinda de Autuori, mas como segunda opção apostaria na efetivação de Rospide.

E hoje é dia de bater o Boyacá em casa e garantir a melhor campanha na primeira fase da Libertadores. Não que isso seja fundamental. Em 2007 o Grêmio foi fazer um segundo jogo em casa somente na final e não adiantou. Se não é imprescindível, ao menos serve como motivação para um grupo de atletas qure têm qualidades. Faltam apenas alguns ajustes como um aproveitamento melhor nos passes e nas conclusões a gol.

Rospide, Autuori, Maxi, Alex... pouco importa quem vai fazer a diferença. É a camisa que pesa mais. É ela que acalenta até os mais duvidosos e desacreditados.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Melhor assim

A vitória tranquila do Grêmio sobre o Universidad do Chile não inspira nenhuma grande tese sobre o desempenho e o futuro tricolor. Exceto uma observação que se faz imprescindível: o time está mais leve, parece que desassombrado.
Tenho a impressão que é a distância do ex-técnico – aquele que não se deve dizer o nome – que alivia o clima, deixa o ambiente mais favorável. Nos últimos tempos o time parecia estar permanentemente sob uma nuvenzinha preta. Acho que era a sombra do mau humor e dos resmungos que emperrava as energias do coletivo. Vade retro.
Com este novo astral o time erra menos, rende mais, se esforça mais.
Mas na dá para formular nenhuma tese ainda. Só confirmar o dito popular: “Antes só do que mal acompanhado”.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Na espera

A demissão de Celso Roth provocou nos meus colegas blogueiros uma vontade enorme de opinar sobre a decisão mais acertada da atual direção do Grêmio até agora (acertada, porém, atrasada). Foram diversas postagens nas últimas semanas.

Ao contrário de alguns, decidi por escrever algo somente quando fosse anunciado o nome do novo comandante Tricolor. Pois bem, cansei de esperar!

Paulo Autuori é o preferido dos mandachuvas gremistas. Gabaritado, culto, inteligente, estrategista, vencedor. Na minha opinião um dos cinco melhores treinadores brasileiros em atividade (juntamente com Felipão, Muricy, Luxemburgo e Mano Menezes). Seu perfil e currículo mostram que aguardar por ele é prudente. Até porque a equipe possui apenas mais dois compromissos em abril. Ambos decisivos, porém não será a falta de treinador empecilho para que se busquem as vitórias nestes dois confrontos.

No caso de uma negativa com relação a contratação de Autuori, qualquer plano B é arriscado. Nomes como Dorival Júnior e Geninho representariam um risco bem menor, até porque também são bons treinadores. São qualificados e respeitados por onde passaram. A contratação de um treinador sem expressão como Gilmar Iser ou até o próprio China (campeão mundial com o clube em 83 e que se ofereceu esta semana para ser o treinador do Grêmio) seria a aposta no barato que pode sair caro. Isto porque estamos falando em Libertadores. No caso de uma competição tiro longo como o Brasileirão, até seriam alternativas a serem consideradas.

Mas ninguém representa mais riscos ao Grêmio que Renato Portaluppi. É indiscutível o que ele fez como jogador, tornando-se o maior ídolo da torcida gremista em todos os tempos. Assim como é indiscutível sua enorme capacidade de provocar nos ADVERSÁRIOS dos clubes que dirige uma vontade incrível de vencer. Com declarações e comportamentos, no mínimo, desastrados, Renato é o treinador-boleiro, sem papas na língua e com uma auto-confiança que estrapola os limites éticos.

Tem a seu favor a identificação com o clube e com a torcida, um currículo razoável e a disponibilidade imediata para ocupar o cargo. Se a diretoria gremista busca um nome para um trabalho bem planejado, a médio e longo prazo, esperar por Autuori é o ideal. Mas se optarem por uma lua-de-mel com a maioria dos torcedores, então Renato é a melhor opção.

Aguardemos. Se bem conheço este clube, muitas surpresas ainda podem acontecer.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vínculos

Fábio Koff, para variar, tem toda a razão. Para recuperar a confiança da torcida, o Grêmio precisa de um treinador que tenha ligação com o clube. Nesse sentido, a direção está mais do que certa se aposta nos nomes de Paulo Autuori e Renato Portaluppi - este, o preferido de Koff.

Renato é símbolo de vitórias gremistas e da flauta ao nosso maior rival. Tudo que precisamos nesse momento, no fim da era das desculpas e dos poréns. Mas o cordato Autuori - de passagem apagada pela co-irmão e eterno primeiro colocado na fila para entrar no clube dos principais técnicos do Brasil -, o que tem a ver com o Grêmio?

Fácil: ele, como nós, tem duas Libertadores e um Mundial.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Merchandising

As câmeras de TV, no intervalo de Grêmio 3 x 0 Aurora, flagraram um cartaz, destes que o pessoal leva para o estádio, muito interessante:
"Faça como os jogadores do Inter: assista a Libertadores pela Sportv".

Será?

Antes de Celso Roth tirar o agasalho tricolor ou de Renato Portaluppi receber a primeira ligação, o Grêmio já havia contatado e sido dispensado por dois treinadores: Geninho, do Atlético Paranaense, e Nelsinho Baptista, do Sport. Isso, é claro, segundo a imprensa especializada, já que o clube nega. Nos dois casos, os treinadores teriam resistido ao assédio em nome dos compromissos com os clubes que treinam.

Substituir Roth por Geninho seria apostar em uma renovação dentro do mesmo estilo. Não duvido que a querida direção tenha pensado nisso. Estranho é o caso Nelsinho. O treinador nem havia sido citado nas especulações e já acionava sua assessoria de imprensa para lançar uma nota rejeitando o suposto convite oficial.  Que espécie de pessoa recebe um convite desses em sigilo e faz uma recusa pública espalhafatosa? Não dúvido que seja tudo jogo de cena, pra motivar a equipe do Sport amanhã contra o Palmeiras.

O mundo conhece esse treinador - em especial os torcedores do co-irmão, abandonados por ele em meio a uma campeonato por conta de algumas notas corintianas de cem. Se foi convidado e recusou, é uma boa notícia.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Que seja um metafísico!

O Grêmio tem um time modesto. Há anos compra jogadores baratos e, em algumas vezes que resolveu abrir a mão, comprou errado. Coisas do futebol. Como também é do futebol o fato de que alguns de nossos mais valorosos títulos foram vencidos com times modestos, com jogadores cujos nomes foram virtualmente cobertos pela poeira do tempo. Os times modestos e vencedores eram impulsionados pela mítica da alma castelhana. O velho Grêmio de resultados e jogo feio, de vitória e chutões, de minguados um a zero e taça no armário.

Nos últimos anos a inanição tricolor tem se dado pela falta deste componente mítico, metafísico, que já nos fez vencer o invencível e angariar a fama de imortais. Por que? Porque, desde a saída de Mano Menezes, ninguém injetou esta cultura aguerrida no vestiário. Vagner Mancini nem teve tempo de mostrar ao que veio e este que não se deve repetir o nome, implantou o reino da desculpa. Um racionalismo fajuto, um conhecimento de almanaque, que suprime a gana de vencer e a vontade de lutar.

Daqui algumas horas, teremos um novo treinador. Que seja alguém capaz de restaurar a alma castelhana do time. O plantel é modesto, já disse, mas há gente guerreira lá. O Herrera, por exemplo, não é este molenga que temos visto. Este menino Adilson, já mostrou que tem DNA tricolor. Mas não vou me estender em exemplos. Dá para fazer este elenco render, afirmo.

Precisamos de um técnico com sangue nas veias, com vontade de vencer, que não se desculpe, que se envergonhe com derrotas, que se indigne com corpo mole, que faça o time jogar com o que tem e como pode. Um técnico que vença, que entenda o Grêmio e sua metafísica.

Se o time brigar de verdade a gente aplaude, até perdendo. Já cantamos o nosso hino cheio de tristeza e lágrimas exaltando, mesmo na derrota, o espírito guerreiro. Mas não admitimos desculpas e elucubrações derrotistas.

Agora é a Libertadores. O nosso habitat, a nossa copa. A mítica tricolor está no seu terreno preferido, só precisamos de quem a faça brotar e crescer.

Alívio

O homem chega à entrada do estádio Olímpico, vai até o segurança e pergunta:

- Posso falar com o Celso Roth?
- O Celso não está. Ele não é mais mais treinador do Grêmio.

Ele agradece e sai, tão de mansinho quanto chegou. No dia seguinte, aparece de novo. Vai até o mesmo segurança e repete a pergunta.

- O Celso Roth está?
- Não. Ele não está mais treinando o Grêmio.

Diz obrigado, vai embora, caminhando. Volta mais uma vez no dia seguinte, como quem cumpre um ritual.

- O Celso Roth?
- Mas eu já te disse que ele não é mais treinador do Grêmio!
- Desculpa, mas é que é tão bom ouvir isso...

Fim

Ele se foi. Acabou uma era em que as derrotas sempre tinham justificativa e as vitórias um porém.

domingo, 5 de abril de 2009

Inter comemora com Celso Roth e Gabirú

Quando o locutor do estádio recitou as escalações dos times para o Grenal, o nome mais aplaudido foi o de Celso Roth. Claro que a maioria dos presentes vestia vermelho e sabe que o técnico do Grêmio é o seu melhor aliado.Não venceu nenhum dos sete grenais em que comandou o tricolor. Coerentes do começo ao fim, os torcedores colorados, logo que seu time virou o placar, pediram: “Fica Celso Roth”.
O problema é que a diretoria do Grêmio ouve a torcida adversária e ignora o pedido dos tricolores que rogam desesperadamente a demissão do treinador. É incompreensível, inaceitável, inexplicável.
Celso Roth deve estar feliz, pois livrou-se do Gauchão que tanto menospreza. Agora só resta a Libertadores, que não é pouco, mas parece ser muito mais do que o time que não vence grenais possa alcançar.
Este texto foi escrito logo após o jogo e, embora as equipes de rádio especulassem a demissão de Roth, o presidente Duda repetia nos microfones que “não muda nada”. Adoraria ver este desabafo caducar rapidamente. Falam de Geninho, Renato, Espinosa. Qualquer um é melhor do que Roth.
Mas parece que contentar os outros do ano do seu centenário é a medida do momento. Até um simpático aviãozinho sobrevoou a festa deles com uma faixa que dizia “100 anos do Inter. Saudações Tricolores”. Aliás destaque-se que os grandes astros das comemorações deles foram o grande craque Gabirú e Celso Roth.
Reza fraca, desculpem.
Trindade, Florianópolis. Tarde de domingo.
O dia começou lindo e está terminando com chuva, cinzento.
Ouço o GREnal pela Gaúcha, na Internet.

Passei uns tempos distante das notícias do Grêmio.

Voltei hoje.
19': Gooooool!!!Tricolor abre o placar de pênalti.
O professor Ruy Carlos Ostermann comenta:
"Agora vem o inevitável, o Inter vai pra cima".

Sim, professor, também é inevitável o coração acelerar agora.
Ainda mais no centenário do adversário.

Volto no final do jogo.
Agora é rezar!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mais uma vez

Quantos vexames são necessários para se esgotar o crédito de Celso Roth com a direção gremista? Se eu soubesse, calcularia o prazo pela média atual e pararia de acompanhar as notícias do clube nesse período. Como um exilado político tentando esquecer o ditador estabanado que comanda seu país.

Claro que, junto com as milhares de vozes que pedem a cabeça do limitado treinador, a gente vê por aí meia-dúzia de "pragmáticos". É gente que se faz de ponderada para parecer inteligente. Eles dizem que não existe ninguém melhor no mercado, que trocar de treinador agora é jogar a Libertadores fora e começar a pensar no Brasileiro.

Demitir Celso Roth não significa desistir da Libertadores. Não significou para o São Paulo, quando precisou substituir o Leão e trouxe Paulo Autuori. O importante é o nosso querido presidente saber achar o Autuori da vez - quem sabe o próprio. Roth chegou a seu teto e a prova disso que é não pára de dar cabeçada.

Não podemos perder outra piada

Depois de o Inter ter roubado aquela Libertadores de 2006, perdemos a piada do "Intermunicipal" e "Interestadual". Então precisamos jogar o Grenal de domingo com os titulares. Com os reservas, corremos o risco de tomar uns 10 e, aí, até o "O primeiro Grenal a gente não esquece" também vai por água abaixo.

O que espero, do fundo do meu coração ainda pulsante, é que o o nosso treinador escale os titulares, a gente perca (jamais pensei que poderia torcer por isso, mas são coisas que o Roth tem feito com nos torcedores) por 1 a 0 e o meu conterrâneo seja demitido. 

Ainda no domingo, o nosso presidente (noffa!) anuncia o Renato e fica tudo bem. O Portalupi chega na segunda-feira à tarde e, na entrevista antes do primeiro treino, diz: "Pra vencer esse Aurora não precisa nem treinar. Vou só conversar com o pessoal e pegar umas dicas de novas churrascarias." Além do bom futebol, o bom humor também vai voltar ao Olímpico.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Para Roth, Douglas Costa "não sabe m... nenhuma"

Paula Santana mostra sua indignação com a postura truculenta de Celso Roth, que insiste em preterir o talentoso menino Douglas Costa. Vale a pena rodar o videozinho aí embaixo.