sexta-feira, 27 de março de 2009

Síndrome de avestruz

Para se esconder dos perigos, o avestruz enterra a cabeça na areia e assim, sem ver a ameaça, se acha imune a ela, mesmo tendo o seu enorme e desengonçado corpo totalmente exposto. Qualquer semelhança com a situação do Grêmio, não é coincidência. O tricolor jogou três partidas na Libertadores contra times medíocres. Empatou uma em casa e venceu duas fora, por obra de gols salvadores de bola parada.

Olhando a tabela de classificação está tudo lindo. Líder do grupo com a classificação encaminhada. Mas olhando para dentro de campo a situação é de arrepiar. O esquema de jogo é maçante e a ineficiência do ataque escandalosa. A superioridade técnica salta aos olhos, mas não se reverte em resultados. “Quase gol” não vai para a súmula e não soma pontos.

Passada a tempestade das derrotas sucessivas nos grenais a direção do clube, o técnico e a própria imprensa parece que decretaram que está tudo bem. Que não há problemas, já que o time está ganhando. Mas imaginem este futebol pouquinho e repetitivo enfrentando qualquer um dos times brasileiros, para não falar do fantasma do Boca. Ninguém em sã consciência emite prognóstico otimista.

O plantel do clube não é ruim. Talvez seja, dentro das nossas possibilidades, o melhor dos últimos anos. A iniqüidade é tática! O seu Celso já mostrou que não tem estatura para disputar um campeonato continental. Ele é um cara que perde para o Avenida de Santa Cruz, que empata com a Ulbra e acha normal perder grenais. Tudo é normal para ele.

A substituição da comissão técnica é urgente. A atual já se mostrou incapaz de motivar os jogadores, de coesionar o grupo, de arrancar resultados, de acender a chama da alma castelhana.

Tudo que se diga em defesa da não substituição de Roth é discurso vazio e politiqueiro. A verdade é que a coisa não está bem. Se continuarmos com nossa cabeça enterrada ela, mais cedo ou mais tarde vai ser cortada. E, pelo menos para a torcida, vai doer muito.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Simples assim...

A diretoria do Grêmio precisa fazer uma escolha: ganhar algum título ou sustentar o Celso Roth.
Não fosse o frango ridículo do goleiro, o tricolor teria empatado com o fraquíssimo Aurora, que tem no chutão do goleiro para o ataque a sua jogada mais inteligente.

Ainda não consegui uma frase para dizer o que fazem lá na frente o Alex Mineiro e o Jonas-quase-gol. Quando eu entender, prometo que posto aqui.

Uma pergunta para terminar. O Grêmio joga mal no Gauchão porque prioriza a Libertadores. E porque joga mal na Libertadores?
Respondam diretores. Responda Roth.

Sem "cocha" bamba

Esta talvez seja a Libertadores mais equilibrada dos últimos anos. Digo isso embasado nos números da classificação de cada grupo, e no desempenho em campo das equipes cujos jogos pude assistir até agora. São cada vez mais raras aquelas goleadas varzeanas de brasileiros e argentinos sobre venezuelanos e bolivianos. Passou a ser frequente a presença de equipes de países "periféricos" nas fases finais da competição (Once Caldas, LDU...).

Se o grau de dificuldade aumenta, o nível de exigência também precisa crescer, no mínimo, proporcionalmente. Diante do Aurora, o Grêmio pode fugir definitivamente (será?) do calvário, deixando para trás derrotas por motivos técnicos (ou "do técnico") e projetar um futuro a curto e médio prazo com mais traquilidade, sem deixar a peteca cair e com o selo Grêmio de Qualidade.

O Tricolor chega a sua terceira partida na L.A. 2009 com todo fôlego, apesar do ar rarefeito, dependendo apenas de si para ser o líder do seu grupo no final da primeira fase. Os dois jogos anteriores já serviram para tarimbar, mesmo que em parte, os atletas mais "verdes". Embora os grandes testes ainda estejam por vir. Diante dos bolivianos hoje a noite, não há desculpas de gramado ruim, de pressão da torcida adversária, de altitude ou de adversário extremamente qualificado.

O Grêmio é time acostumado com tudo isso. Não vai tremer agora. Não pode tremer!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Perguntinhas para o fim de semana










Cadê o Tcheco, que há horas não joga?

O que está havendo com a nossa defesa, que já foi a melhor do país?

Onde esconderam o futebol do Alex Mineiro?

No Olímpico, não treinam conclusão a gol?

Quem ensinou o Jonas a chutar?

Porque o Grêmio insiste em dar chutões diretos da defesa para o ataque?

Souza é ou não o melhor do time?

Não será hora de compor o ataque com Herrera e Jonas?

O que esperar de Maxi Lopes?

Com três jogos do Gauchão antes da próxima rodada da Libertadores, não seria o momento ideal para estrear um novo técnico?

Porque Celso Roth se refere à torcida como “eles, os gremistas”? Será que ele saiu do armário e quer assumir que torce pro co-irmão?

quinta-feira, 12 de março de 2009

Querem acabar comigo!

Se o clima fosse ruim no Grêmio (todos lá afirmam que não é), nada impediria Roth de começar a entrevista coletiva após a partida diante do Boyacá Chicó com esta afirmação. Diria isso amparado por mais um festival de gols perdidos. Souza, Jonas, Herrera...

A magra vitória deu ao Tricolor a condição de continuar acreditando no título da competição continental. Mostrou também que, se um empate ou uma derrota acontecesse, não passaria pelas trapalhadas do professor Juarez.

Aliás, o jogo contou com um fato novo: Tcheco foi substituído. Sim, isso mesmo. Roth tirou Tcheco, mal no jogo, para a entrada de Makelele, que aplicou uma nova carga de gás no time. Ao final o Grêmio parecia bem menos cansado que o Boyacá, apesar da altitude de quase 2.800 metros. Já Alex Mineiro, mais uma vez, decepcionou. Tem um toque de bola refinado, mas faltam os gols que se esperam de um atacante como ele.

Agora são três jogos consecutivos pelo Gauchão. Se ainda quiser buscar algo no Estadual vai ser preciso correr muito nestas partidas e, logicamente, acertar o alvo. Do contrário, a agonia de Roth continua. Com resultados positivos o treinador ficará mais prestigiado pela direção.

A torcida aguarda, receosa...

terça-feira, 10 de março de 2009

A decisão é agora!

Sobre todo o anti-rothismo, tema corriqueiro dos gremistas nos dias atuais, está o jogo da vida (ou da morte) do Grêmio na Libertadores 2009. Se vencer, cabeças não rolam e o Tricolor assume a liderança do seu grupo ao lado do Universidad do Chile. Se empatar, joga ainda mais pressionado diante do Aurora da Bolívia. Se perder, a casa cai de vez.

Não que este time esteja desacostumado com situações como esta, pelo contrário. Está inerente à história do Grêmio desde seu princípio. Mas 90 minutos podem decidir o que será feito no decorrer do ano inteiro.

Servir em uma bandeja a cabeça de Roth a torcida após um fracasso pode acalmar, mas não resolve os problemas. Elimina um, mas cria outro: quem vai comandar uma equipe sedenta por vitórias e títulos? Se os três pontos forem conquistados Roth fica, e a novela continua até o jogo diante dos bolivianos.

Entre a cruz e a espada está o torcedor, a América, quissá o Mundo. No Olímpico uma bomba-relógio prestes a explodir. Se isso acontecer muita coisa muda. Só não muda a esperança do torcedor gremista em dias melhores. Esta é eterna.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Que força sustenta o Celso Roth?

A permanência insistente de Celso Roth está se transformando numa enorme interrogação. De tão inexplicável, justifica todo tipo de especulação, hipóteses esdrúxulas e teorias conspiratórias.

Não há o que explique, por exemplo, a forma como Roth se refere aos torcedores. Trata-os como uma turba irracional que só quer ganhar. E é verdade, a torcida só quer ganhar, porque é o que tem que fazer. Mas tem razão para querer ganhar porque é ela que sustenta o clube com suas mensalidades, a compra de camisas e acessórios, assinaturas de TV a cabo e por aí afora. Mas para Roth parece haver uma sabedoria maior que justifica perder, ainda que sucessivamente. Uma lógica “profissional” que faz com que “trabalho desenvolvido” valha mais do que títulos e conquistas.

A história de fracassos de Roth é notória. Os dirigentes relevaram de forma inexplicável os dois fiascos com que ele se apresentou no ano passado (Gauchão e Copa do Brasil) e investiu nele no Brasileirão. O que não dá para entender é como avaliam positivamente a campanha no campeonato nacional. Um time que tinha 12 pontos de vantagem aberto chegar em segundo só se admite no Grêmio. Em outro lugar o técnico seria queimado em praça pública. Mas no Grêmio ele, inclusive, ganhou generoso aumento.

Há evidências de que a vaca está indo para o brejo. Nota-se no nervosismo do time que há algo acontecendo dentro do vestiário que a gente não enxerga. Há algum tipo de crise corporativamente velada pela comissão técnica e pelos atletas. Talvez o problema que Roth edificou seja maior do que ele mesmo.

O dilema Libertadores-Gaúchão é falso. Um discurso sem sentido. Mesmo com times mistos ou reservas o Grêmio tem obrigação de vencer. Simplesmente porque o time reserva tem nomes que seriam titulares na maioria dos times do Brasil. Orteman, Herrera, Maxi Lopes, Douglas Costa, Jadilson, só para citar alguns. Então, se o time leva goleada do Santa Cruz, é porque alguma coisa está diferente do que devia. Porque a cultura tática, a pegada do time, o compromisso e até o entrosamento devem estar “na ponta dos cascos” sempre. Não pode haver um Grêmio para as Américas e um para o RS. Tem que ser o Grêmio. E ponto.

Mas as respostas da diretoria do Grêmio com relação a Roth são inquietantes, benevolentes, conciliadoras. Parece que está tudo “dentro de um planejamento” como costumam repetir. Com relação ao jogo de quarta, na Colombia, falam em “conquistar pontos”, o que em bom português significa que um empate está bom.

Desconfio que gritar “fora Roth” já não basta. Talvez o caso seja FORA ROTH E SEUS PADRINHOS.

Só mais um passinho...


Vai lá, Roth! Tá no caminho certo!

Crédito: Sinovaldo, Jornal ZH

domingo, 8 de março de 2009

Eu gosto do azul

Amanda tem oito anos. Filha de pais separados, ainda não conseguiu decidir muita coisa em sua vida. Hoje, mora com os avós paternos, uma família gremista. Não menos fanática por futebol, a família da mãe é palmeirense, mas a mãe insiste em torcer pelo Flamengo, mesmo que não saiba o nome de um único jogador da time.

A rotina da família paterna de Amanda acabou levando a menina para o caminho deles, o do Grêmio. Ganhou uma camisa do time, quando acompanhava o Campeonato Brasileiro apenas pela corrida dos cavalos, apresentada semanalmente no Fantástico. Uniformizada, assistia os jogos no bar do Grêmio. Naquele bar, o pai conheceu uma legião de torcedores, e com eles foi acompanhar o jogo contra o Coritiba, em Porto Alegre.

Aquela foi a primeira viagem longa de Amanda. Sim, ela viajou mais de oito horas para ver o Grêmio jogar. No ônibus, a torcida passou a noite cantando. Amanda não reclamou: tocou o bumbo e cantou todas as canções com eles até que, cansada, dormiu. O pai passou o dia envolvido com os tramites da excursão. Na hora do jogo, atenção total à menina. Pai e filha estavam finalmente no Olímpico Monumental, e os dois vestiam o manto azul. Seria perigoso para Amanda ficar na Geral, mas o pai a colocou nos ombros.

No estádio, Amanda cantava as músicas que havia aprendido no bar e também durante a excursão. O Grêmio tinha feito uma boa partida: Tcheco e Héverton marcaram para o time porto-alegrense. Ariel Nahuelpan descontou para o Coritiba. Aquele resultado podia não significar muito para Amanda. A emoção de assistir um jogo, sim. Já nas arquibancadas, Amanda puxou a camisa do pai. Os olhos da menina estavam marejadas tamanha era a festa da torcida do Grêmio. Com a voz doce que lhe é peculiar, Amanda disse ao pai: “eu gosto do azul”.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Esperando, esperando...

Uma coisa é perder um grenal no estádio adversário. Outra é empatar (e quase perder) com o Ypiranga de Erechim dentro Olímpico.
Deixa o Celso Roth para ver onde vai dar...
Tenho dito.

terça-feira, 3 de março de 2009

E se a canoa virar?

A pressão sobre Celso Roth vem de todos os lados. Bons resultados contra Ypiranga e Santa Cruz podem até acalmar os ânimos durante a semana, mas um mau resultado diante do Boyacá Chicó pela Libertadores dia 11 de março seria catastrófico e, certamente, representaria o fim da "Era Roth" no Grêmio. E se o pior acontecer? Que ele não serve para o Tricolor já sabemos, entretanto quem pode assumir o time nesta etapa e levar a equipe às conquistas do Gauchão e da América?

O mercado está bastante escasso de treinadores qualificados. Fica ai a oportunidade para as sugestões de vocês. Opinem!

segunda-feira, 2 de março de 2009

As esperteza de Roth

Tenho uma teoria sobre o digníssimo que comanda nosso time. Ele se faz de trabalhador, mas no fundo é um vadio. Lembro que em 2005, Celso Roth, demitido do Flamengo, estava sem clube. Mas pamem: os cariocas, mais Goiás e Atlético/MG pagavam salários ao treinador (era o cumprimento parcelado do contrato ou a grana toda à vista). Então, acho que este senhor que perde até bigode quer mesmo ser mandado embora do Imortal e passar o resto do ano curtindo a indenização.

Gremistas criam blog para exigir saída de Roth

Um gremista que se apresenta apenas como "Indignado" acaba de criar um blog da "Campanha Oficial Fora Celso Roth". Como todos os gremistas de bom senso ele teme que a diretoria espere que aconteça o pior para substituir o treinador.
Rumo ao tri da Libertadores, sem Celso Roth.

Escrito

O prefeito resolveu reunir os quase 30 nomes do primeiro escalão de seu governo e outros tantos do segundo para uma longa reunião no domingo em um belo hotel no centro de  Joinville. Das 9h às 17h, eles discutiram o planejamento estratégico da prefeitura e como diabos vão tirar do papel o plano de governo com o cofre raspado como está.

Eram 15h45 quando o repórter, no caso, eu, se mandou para o hotel à espera de uma migalha de informação. Fiquei, assim, longe de qualquer informação sobre o primeiro tempo e o começo do segundo do Grenal de ontem. Pensei em conversar sobre isso com o secretário de Planejamento, outro gremista, mas a pauta não era essa.

Cheguei à redação e o colunista, colorado, logo informou: 1 a 0 inter. Com a cabeça cheia de informações e detalhes para a matéria, foi fácil fingir que não tinha acusado o golpe. Ainda conversava sobre a reunião quando alguém gritou "gol do Grêmio". Corri para meu pc, abri o minuto a minuto do clicrbs, vi que o gol era de Alex Mineiro. 

Desci a barra de rolagem para o começo da narração digitada. O soco na mesa que dei quando li a primeira frase fez toda a redação olhar pra mim. "Roth surpreende e escala Diogo no lugar de Jonas". Maktub. Vontade de não ver mais nada. Claro que não ia dar certo.

Liguem pro Renato. Eu prefiro dar vexame a ser vice de novo com esse filho da puta. 

domingo, 1 de março de 2009

Retranca intelectual


Não quero ser insistente, nem implicante, nem pessimista. Mas a direção do Grêmio precisa escolher entre conquistar títulos ou acolher o Celso Roth. Está mais do que comprovado que este senhor não tem a menor condição de conduzir uma equipe do tamanho do Grêmio.
Sua fama de retranqueiro ultrapassa o limite das táticas de jogo. Roth sofre de uma espécie de “retranca intelectual”, de uma incapacidade de articular pensamentos um pouco mais complexos do que o óbvio. Ideias antigas (e poucas) de postam em frente à mente do professor com volantes toscos e não o deixam pensar um time moderno, eficiente, compacto. O Brasileirão do ano passado mostrou a falta de repertório do técnico, a ausência de recursos do conhecimento. O jogo de estreia na Libertadores foi um compacto da falta de alternativas técnicas.
Com falas esquisitas, evidencia a sua incapacidade de situar-se nos momentos do time, de entender o que é o Grêmio e o que é futebol. Vejamos algumas asneiras que o professor disparou na sexta-feira. “O grenal importa pouco. Eles (a torcida) querem ganhar tudo”. Então, porque jogou? Porque não escalou os reservas? Foi assim que ele “motivou” o time para entrar em campo?
Perdeu a possibilidade de assegurar a vaga na final do Gauchão e ter um mês para se preocupar só com a Libertadores. Agora, a sua teimosia, nos fará penar nos dois campeonatos, com grande possibilidade de fracassar nos dois.
Isto é a retranca intelectual. Mais séria do que a opção de entrar num grenal com apenas um atacante e com uma população de volantes.
Começou o ano perdendo dois grenais, perdendo dois preciosos pontos em casa na Libertadores (contra um time medíocre). O que falta para ver que não dá? Wagner Mancini foi demitido invicto no posto para dar lugar a este senhor. Porque a diretoria não tem a mesma ousadia para substituir este limitado de carteirinha?