sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sofrido (como sempre!)


Estou convencida que todo gremista precisa ter um coração forte, porque o que a gente sofre é inacreditável! Em 2008 foi sofrimento até o último jogo. O primeiro grenal do ano foi sofrido. E a Libertadores também começou assim, sofrida. A charge do Sinovaldo, publicada no Jornal NH, de Novo Hamburgo (RS), reforça uma triste constatação que tivemos na quarta: até a bola está sofrendo pra entrar.
Este ano o tricolor conquista a América de novo, mas não sem antes sofrer um pouquinho, como naquela semifinal de 2007, contra o Santos.

Haaaaja coração! - como diz o narrador mais mala de todos os tempos.

Reforço na torcida. Agora vai!

Esta aí o grande reforço da torcida tricolor para o ano. Wanda Nara, a modelo-celebridade-mulher-do-Maxi-Lopez já está em Porto Alegre. Tá certo que deu a luz a um menino faz pouco mais de um mês, mas logo vai vestir a camisa tricolor, como já vestiu a do Barcelona.
Alguém vai ficar com saudade da Débora Secco?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sobre Professores e universitários

Um bando de universitários chilenos vieram curtir o final do carnaval em Porto Alegre. Em Porto Alegre? Pois é. Devem ter passado pelo Rio ou pela Bahia antes. Mas o objetivo principal destes fanfarrões era um curso intensivo de futebol que teriam com Professores tarimbados, matutos, na capital gaúcha. Talvez cansados após a folia, ou preocupados muito mais em fazer seu dever de casa do que em receber seu certificado de Libertador da América, os "chinelinhos", ops... chileninhos entraram na sala de aula abatidos, desmotivados, despreocupados.

Os Professores, estes sim, animados com a possibilidade de voltar ao momento mais alto do ano letivo, logo trataram de mostrar tudo que sabiam. E foi assim, a aula inteira: Mestres ensinando, e alunos desdenhando todo o conhecimento. Nem após o recreio os universitários voltaram mais bem-dispostos. Praticaram apenas seu instinto de defesa, sem qualquer atitude. Para os Docentes uma dificuldade ainda maior. Tanto esforço para transmitir seu conhecimento para uma turma de molóides, fechados, trancados, seria complicado, mas não impossível.

Mas o final da aula foi chegando... chegando... e o principal lição, aquela que realmente pode transformar um simples estudante em Libertador, não foi passada. E não foi por falta de tempo ou por esquecimento. Faltou prática aplicada ao método. Montaram a ementa mas não a cumpriram até a última linha. Talvez culpa do nervosismo da primeira aula do ano.

Ficou a sensação de que, mesmo sem a grande lição, este ano promete. Foram 90 minutos catedráticos e aguerridos. Tudo fruto do espírito Libertador inerente nas veias de quem leciona futebol de verdade há quase 106 anos no Monumental. Pecar pelo excesso de oportunidades perdidas acalenta o torcedor (ou ao menos deveria). Pior seria pecar pela falta. Ai sim qualquer universitário poderia ser um Mestre.

Os enigmas da estréia

O estranho jogo de estréia do Grêmio na Libertadores 2009 só poderá ser analisado à luz dos jogos futuros. Muitas hipóteses podem ser formuladas para o “massacrante empate” em que gols foram desperdiçados às dúzias.Ninguém, nem o técnico do Universidad, questiona a superioridade técnica do Tricolor na partida. Segundo o treinador, os visitantes escaparam de uma goleada. Mas “quase” não entra na súmula, não soma ponto nem garante título.

A primeira hipótese, otimista, joga o resultado nas costas do acaso e da ansiedade da estréia. Quem se consola com ela só espera que as coisas voltem ao normal e a superioridade apareça também no placar.

Jogar a culpa nos atacantes Jonas e Alex Mineiro também tem sua legitimidade. De Jonas nunca se esperou muito, mas Alex começa a desenhar um enorme ponto de interrogação sobre sua cabeça. Neste caso há, a curto prazo, as esperanças de Maxi Lopez e Herrera.

Pode-se cogitar, também, do esquema tático. O volume de jogo apresentado pode desmentir esta tese. Mas se o gol não estava acontecendo, porque Celso Roth só mexeu no time depois dos 30 minutos do segundo tempo? Porquê levou mais de 10 minutos para botar mais um ofensivo em campo depois do adversário ter expulso um defensor? Parece o velho problema de um Grêmio (ou treinador?) sem repertório, sem capacidade de variar taticamente, de proporcionar surpresas de movimentação.

No papel, o plantel para o ano não é ruim. O clube avançou muito no padrão das contratações, embora boa parte das contratações tenha sido de jogadores de baixo custo. Há gratas surpresas como o Ruy que, com seu cabeção alienígena, tem sido sempre uma possibilidade aguda de ataque. Há soluções caseiras como o impressionante Adilson que se multiplicou em campo ofuscando a saudade do lesionado Willian Magrão. Mas a gente vai ruminando aquela impressão incômoda de que falta algo, alguém que tire este time do papel e o ponha para jogar. Faltaria, no caso, um técnico. Mas este só virá quando o pior acontecer. Daí será leite derramado...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Acabou em pastel

A maiorira das mulheres não gosta de futebol, algumas não dão bola e outras gostam. A minha namorada é do tipo que detesta. Faz cara feia toda vez que me desligo dos "afazeres de namorado" no final de semana para assistir ao Grêmio. Como não tenho medo de cara feia, ontem vi mais uma e debandei à casa de minha irmã para assistir o GRE-nal. Passei antes para pegar meu irmão que me aguardava no portão com o pavilhão Tricolor nas mãos. Ao entrar no carro já lembrei a ele que nunca tinha visto aquela bandeira nos dar sorte. Mas deixei pra lá, não acredito nestas coisas...

Mal me acomodei no sofá e o William Magrão resolveu desviar de cabeça um chutão da intermediária. Com o banho de bola imposto pelo Grêmio no primeiro tempo tudo levava a crer que o empate seria uma questão de tempo. Ele demorou. Veio apenas após o intervalo, quando Ruy usou o lado pensante de seu cabeção, roubou uma bola na linha de fundo e cruzou para o renegado Jonas empatar. Alívio momentâneo que terminou quando sofremos mais um gol após outro chutão da intermediária. Ah que saudade do Rivarola! Já dizia o xerifão paraguaio: "Ou passa a bola ou o jogador, jamais os dois juntos".

Deixei meu irmão e a bandeira e fui para casa. Alguns minutos depois chega minha namorada com um pastel na mão e um sorriso sinico: "seu time perdeu né?". Sai da frente dela para não explodir.

Ao menos o pastel estava delicioso.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Evidências do grenal

- É indiscutível a superioridade do time do Grêmio e relação ao adversário. Nosso meio campo manda, toca a bola com objetividade e maturidade.
- O Grêmio perdeu porque deu mole. Jogou acanhado, sem explorar os laterais. Fiquei com a impressão incômoda de que faltou raça.
- Souza é o cara. Faz toda a diferença no meio campo, dá ritmo, realça o Tcheco. É o melhor jogador do time.
- Esperava mais do Alex Mineiro. Deu impressão que Grenal é assunto para Herrera.
- Não gostei do 3x6x1, parece invencionice do Celso Roth.
-Levar um segundo gol numa jogada de chutão para a frente é inexplicável. Por bobagens como esta, perdemos o Brasileirão.
- A anulação de um gol do Grêmio, por impedimento, foi errada. A arbitragem favoreceu o adversário. Nenhuma novidade quando se fala de Carlos Simom.
- Assisti ao jogo pela internet, pela primeira vez na vida. Numa tal TV Zuca, que reproduz a transmissão do PFC. Imagem ruinzinha, as vezes a bola desaparece, as vezes a imagem trava. Mas não chega a ser irritante. Opção razoável para casos de desespero.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O principal reforço é...

Não assinei o Gauchão pelo cabo. E na tarde do domingo, muito quente, fiquei lendo algumas coisas no computador e ouvindo Grêmio e Novo Hamburgo pela internet, rádio Gaúcha. E pensei algumas coisas que compartilho agora:

1 – O principal reforço do Grêmio neste ano é... Souza. Todos sabem que o cara tem muito futebol, mas ele estava escondido nas entranhas iluminadas do esquema Celso Roth. Agora, finalmente o cara aparece onde sempre deveria ter estado, no meio, armando com o Tcheco, andando por todos os lados, confundindo a defesa, oferecendo e recebendo assistência. Assim, a grande novidade do ano, o acréscimo de qualidade, veio do próprio vestiário ou, pasmem, do banco de reservas. Os engraçadinhos da Gaúcha chamaram-no de Showza, depois do segundo gol. Tô louco para ver isto pela TV, quem sabe no Grenal.

2 –A Diretoria do Grêmio segue convicta na sua política de gastar pouco. Talvez não tenha mesmo outra possibilidade. Mas dá para se acreditar que o plantel que está no Olímpico pode ir a algum lugar, de preferência a Libertadores. A base que ficou do ano passado ajuda a acelerar o entrosamento e há alguns destes “talentos baratos” que estão correspondendo à expectativa: Os laterais Ruy, Fábio Santos e Jadilson são produtivos; o Diogo parece ser um bom pitbull; Alex Mineiro é o mais promissor; e o Herrera... vamos ver.

3 – O desenho do time com ensaios de 3-6-1 parece interessante. Um equilíbrio entre o atrevimento e a retranca. O esquema planta um camisa 5 na frente dos 3 zagueiros e “solta” o meio campo para ir para a frente. O time fica compacto como se fosse um 5-5. Mas vamos esperar que Seu Celso não trabalhe o ano inteiro com um único esquema, sem repertório de alterenativas, senão em 2 meses estaremos manjados, como ocorreu na Brasileirão.

4 – O Grenal de Erechim, no próximo domingo, émo jogo mais importante antes da Libertadores. Menos pelo que ela possa representar na tabela do campeonato gaúcho, muito mais pelo significado simbólico do confronto. Mas vamos considerar que eles estão jogando o campeonato, nós estamos nos preparando para conquistar a América.

5 – Acho que dá para sonhar com a Libertadores.

PS: Colegas mosqueiros, acabou as férias. Vamos blogar!!